ATA DA SEXTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 17-01-2013.

 

Aos dezessete dias do mês de janeiro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Mario Fraga, Professor Garcia e Waldir Canal, titulares, e Delegado Cleiton, não titular. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Reunião, compareceu o vereador João Derly, titular. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios s/nº, dos vereadores Diego Villani, Presidente da Câmara Municipal de São Miguel das Missões – RS –, e Antonio Carlos Gomes dos Santos, Presidente da Câmara Municipal de Marcelino Ramos – RS –; Ofício nº 005/13, do vereador Paulo Ricardo de Fraga Costa, Presidente da Câmara Municipal de Tramandaí – RS. Durante a Reunião, deixaram de ser votadas as Atas da Primeira, Segunda, Terceira e Quarta Reuniões Ordinárias. Após, foi apregoado o Ofício nº 030/13, do senhor Prefeito, informando que se afastará do cargo de Prefeito Municipal de Porto Alegre, para gozo de férias, por um período de quinze dias, a contar do dia dezessete de janeiro do corrente, destacando que esse período será interrompido do dia vinte e oito ao dia trinta de janeiro do corrente, quando participará de Encontro de Prefeitos com a Presidenta Dilma Rousseff. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Mario Fraga, Lourdes Sprenger, João Derly, Clàudio Janta, Fernanda Melchionna, Paulinho Motorista, Alberto Kopittke e Dr. Thiago. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Fernanda Melchionna e os vereadores Mario Fraga, Clàudio Janta e Alberto Kopittke. Às dez horas e cinquenta e quatro minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Fernanda Melchionna e Delegado Cleiton e secretariados pelo vereador Waldir Canal. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pela senhora 1ª Secretária e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo Ofício, encaminhado pelo Sr. Prefeito, comunicando que estará em férias regulamentares por um período de 15 dias, a contar do dia 17 de janeiro de 2013.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Waldir Canal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Professor Garcia está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Mario Manfro está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Mario Fraga está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara; Ver. Delegado Cleiton; como é bom estar aqui nesta Casa defendendo o direito das pessoas e a nossa Cidade. Ver. Paulinho, que está aqui com o nosso amigo Vieira, nosso lutador da Saúde e de outras áreas; inclusive, já falei aqui, na primeira Reunião, colega Vieira, de Belém Novo, sobre a situação do presídio que querem colocar novamente em Belém Novo, depois de 12 anos, pois em 2000 já enfrentamos essa luta. O companheiro Vieira, ontem, nos trouxe a notícia de que foi sustada a obra que estava em andamento lá. Trago este assunto para que a comunidade e os demais Vereadores que queiram nos ajudar – Ver. Paulinho, Ver. Delegado Cleiton, Ver. Dr. Thiago, Ver. Kopittke, que é da área da segurança – tratemos desta questão. E os Vereadores que não sabem do assunto podem fazer o que eu vou fazer hoje: eu não sabia do caso da Mãe Maria; hoje à tarde vou visitá-la em sua residência, lá na Av. Moab Caldas, nº 105. Hoje à tarde irei lá para ver o que ainda é possível fazer. Eu já falei ontem, meu Vice-Líder, Ver. Clàudio Janta, que este projeto já vem sendo discutido há mais de dois ou três anos; então, já está em fase avançada, mas vamos tentar fazer alguma coisa ainda.

Nesse período, com o Plenário funcionando na parte da manhã, à tarde tenho feito algumas visitas. E eu volto a pedir, já liguei novamente para o André Carús, solicitando providências – eu tenho visitado mais o Extremo-Sul e a Zona Sul – a respeito da capina, da varrição e da limpeza no Extremo-Sul. Ver. Paulinho Motorista, que conhece bem o local, ontem, estivemos no calçadão de Ipanema, acompanhado do Paulo Roberto, que é um dos ficais do DMLU, assim conhecido lá na orla do Guaíba. Tive a satisfação de verificar que lá está bem razoável; eu não tenho ido lá nos finais de semana, mas o Paulo Roberto disse que a orla está sendo bem frequentada, que está limpa, principalmente na praia de Ipanema, junto ao calçadão da Av. Guaíba. Então, para nossa satisfação, estivemos lá fazendo uma visita; hoje à tarde, juntamente com o Secretário Mauro Zacher, que ainda não confirmou o horário, faremos uma visita ao Beco da Vitória, pois, ontem, recebemos duas ligações do pessoal de lá, até de uma comerciante, a Michele, relatando os problemas com detritos; por isso irei até o local para ver o que está realmente acontecendo. E, para a minha satisfação, o Secretário Municipal de Obras e Viação, Ver. Mauro Zacher, vai nos acompanhar. Ele não confirmou o horário ainda; era para ser ontem, mas ele não conseguiu, pois ainda está começando os seus afazeres naquela Casa, mas hoje confirmou que de qualquer jeito a gente vai, nem que seja depois das 18h, pois a tarde é longa, vai até as 20h, podemos fazer as visitas até as 20h no Beco da Vitória, para aquela comunidade, em especial, lá do Extremo-Sul, que já não é do Sul: o Beco da Vitória fica entre a Rua Edgar Pires de Castro e a Av. Lami. Estaremos lá hoje à tarde, na hora em que o Secretário Mauro Zacher puder estar conosco. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): É muito importante a sua visita ao Beco da Vitória, Ver. Mario Fraga; estaremos juntos. A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, na última fala registrei uma demanda que seria do DEP. Tivemos uma audiência com muita atenção por parte do novo Diretor do DEP junto aos moradores. Será feito um estudo da região sobre os alagamentos contínuos de longos anos e, em 30 dias, será apresentado um estudo maior, se obra precisa de ampliação ou se será apenas um trabalho menor. A partir dessa colocação, surgiram mais três casos crônicos que estamos encaminhando via “Fala Porto Alegre” para o DEP, que demonstrou uma ação positiva para estudos, deixando orientados os moradores se é uma obra de curto ou de longo prazo.

Registro também que foi muito oportuna a nossa visita, junto com o Presidente, aos hospitais, que continuará acontecendo na próxima semana, nos dando um conhecimento da gestão dos administradores dos hospitais, pois a realidade a gente conhece mesmo quando se participa de consultas, de atendimentos, do que já temos conhecimento como cidadãos. Foi muito oportuno conhecer as necessidades apresentadas por Diretorias. Esse conhecimento será ampliado nas próximas semanas, o que permitirá que um bom trabalho seja realizado para a sociedade.

Quero também dizer que estou muito contente de participar de uma geração de novos Vereadores. Desejo que o nosso mandato seja de cordialidade, convergindo ou divergindo ao longo do ano. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Lourdes, e que seja eterno, já que estamos homenageando Drummond nesta Casa, com a exposição: Drummond, Testemunho da Experiência Humana. Eterno enquanto dure – essa frase é de Vinicius de Moraes, mas a poesia é eterna, corrige-me o Ver. Professor Garcia, já que ele é douto nesta matéria.

O Ver. João Derly está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO DERLY: Bom-dia, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras. Ontem, estive em Brasília, visitando o Ministério do Esporte, numa reunião com o Ministro Aldo, na qual conversamos sobre alguns projetos. Tive o prazer de conhecer um pouquinho mais da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento, o Secretário Ricardo Leyser Gonçalves, e também o seu Chefe de Gabinete, Márcio. Fiquei muito contente de ver muitas possibilidades de poder trazer projetos e investimentos para a nossa Cidade. O Ministro afirmou ser parceiro para isso. Apresentei a ele o Projeto de indicação que protocolei sobre o Bolsa Atleta municipal em cima do sucesso que tem acontecido com o Bolsa Atleta nacional. Pudemos constatar esse êxito na Olimpíada em que, por exemplo, no Judô, 100% dos medalhistas eram bolsistas, assim como também no caso dos paraolimpicos. Nesse sentido, acabei indicando esse Projeto ao Executivo para que seja investido na base, nas crianças, na formação de jovens de 12 a 17 anos, para que tenham subsídios para poder fazer uma prática esportiva, de poder ter um material melhor, de ter a oportunidade de estar mexendo com o seu imaginário, com os seus sonhos – é algo que considero importante para a vida da criançada e dos nossos jovens. Então, com esse intuito, na terça-feira, protocolei esse Projeto e conversei sobre ele com o Ministro, pedindo o seu apoio para que a gente execute isso dentro da nossa Cidade. Nós teremos esse apoio do Ministério. Espero dos demais Colegas a colaboração no sentido de acrescentarem o que acharem importante. Professor Garcia, isso para que a gente invista no esporte, apresentando projetos para que a nossa Cidade seja protagonista na Olimpíada. Nós não receberemos a Olimpíada, mas poderemos ser protagonistas nessa Olimpíada com investimentos, fazendo com que a nossa Cidade forme e mantenha os seus atletas para que cheguem ao nível de uma competição importante como a de uma olimpíada.

 

O Sr. Professor Garcia: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Derly, cheguei ontem de Foz do Iguaçu, onde estava participando do XX Congresso Mundial de Educação Física. Lá, foi lançado o Ciclo Olímpico, a partir de 2012/2016, contando com a presença do pessoal do Ministério do Esporte. Nós vamos convidá-lo para, no próximo ano, também estar lá conosco, fazendo presença no evento. Parabéns.

 

O SR. JOÃO DERLY: Com certeza estarei lá. Então, pessoal, esse é o meu desejo. Quero colocar o meu Gabinete à disposição para que possamos intermediar essa área, apresentando ao Ministério todas as necessidades e desejos que acharmos importantes, para que Ministério seja nosso parceiro em Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE ( Dr. Thiago): Quero agradecer, de público, ao Ver. João Derly pelo carinho que ele tem comigo e pelo presente. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Clàudio Janta está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Bom-dia, Sr. Presidente; Secretário, Delegado Cleiton, eu quero saudar todos os colegas. Ontem, o Ver. Reginaldo Pujol e eu usamos esta tribuna para falar sobre o Fórum Social Mundial, o Fórum Temático, na realidade, que ocorre em Porto Alegre. O Ver. Reginaldo Pujol levantou algumas dúvidas se ele ocorreria. Acho que todas as dúvidas foram hoje esclarecidas na imprensa, onde vários representantes do movimento de trabalhadores sociais, como também a pessoa que idealizou o Fórum, disseram que o Fórum Temático de Porto Alegre irá sair, que terá suas oficinas, fará as discussões às quais está se propondo, fará as discussões relativas à Cidade, quanto a sua mobilidade urbana, quanto ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento das pessoas, do ser humano.

Eu não tive o prazer, Ver.ª Fernanda, de aprovar, nesta Casa, o Fórum Permanente em Porto Alegre, no mês de janeiro, mas acho que foi de grande sabedoria esta Casa ter trazido esse Fórum Permanente, pois em todos os meses de janeiro a cidade de Porto Alegre terá um Fórum Temático permanente. O idealizador do Fórum disse que isso é permitido, disse que isso é salutar, disse que isso é a essência do Fórum Social Mundial. O Fórum veio para contrapor àquele que ocorre em Davos; o Fórum veio para contrapor uma política neoliberal, uma política que está tirando o direito do ser humano à vida, a se desenvolver, a crescer, a viver em igualdade de direitos e condições.

Nós acreditamos, vamos manter todas as oficinas, vamos fazer a oficina Mundo do trabalho, que trará a Porto Alegre mais de 60 dirigentes sindicais internacionais, vindos da Europa, da América do Sul, do Caribe, vindos até da Ásia e, principalmente do BRIC – Grupo de países emergentes. Nós queremos discutir o mundo do trabalho, as condições de trabalho dos trabalhadores, principalmente dos países que passam em crise e dos países da Europa, que adotaram uma cartilha neoliberal que hoje tem destruído os postos de trabalho. Nós achamos que a cartilha que o Brasil adotou – uma cartilha de investir no mercado interno, uma cartilha de apoiar a indústria nacional, uma cartilha de investir na mão de obra, no trabalhador, no crescimento da indústria nacional – serve para fazer um país crescer, um país se desenvolver e trazer dignidade para o seu povo, distribuindo renda e fazendo com que as pessoas se desenvolvam. Agora, nós queremos a participação do povo, nós queremos que todas as pessoas discutam, deem sua opinião, principalmente por aqueles que podem fazer essa transformação.

Nos Municípios, quem pode fazer essa transformação somos nós, os Vereadores; quem pode aprovar leis que melhorem o sistema de transporte, quem pode aprovar leis que melhorem o sistema de moradia, quem pode aprovar leis que levem dignidade às pessoas são os Vereadores; quem pode fazer isso são os Municípios. Então, nada mais justo que as instituições e os Poderes eleitos pelo povo participem deste Fórum. Com força e fé, faremos um grande Fórum Social Mundial Temático em Porto Alegre no mês de janeiro, que terá início com a grande marcha no dia 26 de janeiro, indo até o dia 31. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver. Clàudio Janta.

O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Bom-dia a todos e todas. Não é nenhuma novidade nesta Câmara que nós, da Bancada do PSOL, eu e o Ver. Pedro Ruas, ao longo dos quatro anos da Legislatura passada, exercemos, junto com os movimentos sociais e populares da cidade de Porto Alegre, um mandato comprometido com as causas populares. E uma das grandes injustiças da nossa Cidade tem justamente a ver com o transporte coletivo. Nós estamos diante de uma das tarifas mais caras das Capitais brasileiras, de um sistema de transporte que nunca foi licitado pela Prefeitura Municipal, independente de a Lei de Licitações estipular como obrigatória a licitação na concessão de serviços públicos essenciais, como é o caso do transporte coletivo.

Estamos diante de uma Prefeitura que, ano após ano, avaliza e sanciona os aumentos abusivos da passagem dos ônibus. Foram mais de 670% de aumento do transporte coletivo, de 1994 a 2012, enquanto a inflação do período foi de menos de 300%. Ou seja, o salário mínimo, o salário da classe trabalhadora porto-alegrense aumentou, ao longo desses anos, menos de 300%, e a passagem aumentou quase 700%. Significa que os centavos a mais em cada aumento de passagem estarão fazendo falta para pagar o preço do feijão – que, aliás, este ano, mais uma vez, vai subir –, para pagar o custo da moradia, o custo do exercício da vida da classe trabalhadora porto-alegrense.

Aliás, a Lei Orgânica do Município de Porto Alegre diz que a Prefeitura tem a obrigação de estipular – como diz o art. 145 – uma passagem compatível com o nível de renda dos porto-alegrenses. Isto está longe de ser realidade. Ao contrário, o Conselho Municipal de Transporte Urbano, que é composto por várias entidades vinculadas ao Governo e a sindicatos patronais, ano após ano, majoritariamente se reúne, de maneira relâmpago, a portas fechadas, com uma planilha de aumento de passagens dos empresários: a maioria vota a favor sem sequer auditar essa planilha ou analisar a planilha do trabalhador. O Prefeito sanciona e passa a vigorar.

No mês de fevereiro, em Porto Alegre, isso é praxe. Aliás, o Prefeito Fortunati inovou no ano passado, quando o novo valor da passagem passou a valer no mesmo dia da sanção. E nós, aqui na Câmara, em 2011, um fórum organizado com várias entidades representativas dos trabalhadores, dos estudantes, dos movimentos sociais, pedimos uma audiência com o Prefeito, que sequer recebeu os movimentos e os Vereadores desta Casa para discutir um tema tão importante. E o Ver. Alceu Brasinha, lembro bem, foi signatário do nosso pedido de uma reunião com o Prefeito para discutirmos a questão do aumento da passagem, e sequer fomos respondidos.

Não é nenhuma surpresa, diante de todos esses anos em que nós atuamos nessa causa. Ano passado, em 2012, entramos com uma ação civil dizendo que não poderia ser concedido aumento num sistema de transporte que funciona de maneira irregular, ilegal, que nunca foi concedido, que não foi licitado, e que, portanto, os aumentos não seriam justos e não seriam corretos. Isso tramita na Justiça.

Mas o Ministério Público de Contas abriu auditoria de 2006 até o presente momento, um grande feito do Ministério Público de Contas. Eu e o Ver. Pedro Ruas também já havíamos feito essa solicitação ao Ministério Público de Contas, e qual não foi a nossa surpresa, diante de um sistema de transporte coletivo caríssimo e de qualidade duvidosa, quando uma análise dessa auditoria operacional constatou que a passagem deveria ser imediatamente rebaixada para R$ 2,60 – imediatamente rebaixada, porque o cálculo apresentado pelos empresários...

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Fernanda Melchionna prossegue a sua manifestação, a partir deste momento, em Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Sr. Presidente. O cálculo apresentado pelos empresários calcula a frota reserva, ou seja, para fazer o índice do aumento e do custo operacional do sistema, os empresários, avalizados pela Prefeitura Municipal, aceitam que entrem na base de cálculo os ônibus que estão parados, que não estão circulando pela Cidade, não estão a serviço da população. Ou seja, uma margem de lucro de 6%, que é o que foi dito em várias reuniões aqui na Câmara. Uma margem de recomposição de capital de 6%, o que também pode entrar como margem de lucro, porque os ônibus e a frota, evidentemente, compõem bens de capitais que ficam para as empresas que operam, repito, sem nenhuma licitação na cidade de Porto Alegre, e mais o cálculo dos ônibus que estão parados. Enquanto isso, Ver.ª Lourdes, a população espera quase 40 minutos, inclusive na saída das linhas nos terminais, para pegar o seu ônibus superlotado, para pegar o seu ônibus atrasado e, muitas vezes, atrasar-se no trabalho.

Nós fizemos, também, nesta Câmara, uma fiscalização dos horários de saída dos ônibus dos terminais, e foi um escândalo o que nós presenciamos na cidade de Porto Alegre: ônibus com 40 minutos de atraso na saída da linha. Não é nem o problema do tráfego, porque um sistema correto de transporte coletivo pressupõe um planejamento do horário de pico, das horas, dos momentos da Cidade, porque, de fato, o tráfego está insustentável e é necessário que a frota saia antes. Mas a lógica é justamente esta: menos linhas, menor a frota, ônibus superlotado, para que os empresários não percam os lucros milionários que ganham às custas da população de Porto Alegre, lamentavelmente, nos últimos anos, avalizado pela Prefeitura Municipal. E, quando o Ministério Público de Contas apresenta esses dados que são, no mínimo, chocantes – a população deveria pagar R$ 2,60 a partir de ontem! –, a resposta da Prefeitura e da EPTC, pasmem, é defender a posição do empresariado. Quem deveria zelar pelo bem-comum, pelo interesse público e pelo interesse da maioria da população prefere meia dúzia de empresários que ganham lucros milionários com um sistema de transporte de qualidade duvidosa, e nós achamos que é fundamental debater esse tema nesta Câmara. Afinal, não é possível que, com a proximidade de fevereiro, com o resultado da auditoria operacional do Ministério Público de Contas, com a constatação óbvia de que os rodoviários estão ganhando menos... Porque o argumento dos empresários é que seja necessário aumentar o preço da passagem para garantir o aumento de salário para os trabalhadores rodoviários. Mentira! Os rodoviários, em 1994, tinham um salário que comprava 1.184 passagens pelo DIEESE, e hoje o salário dos rodoviários compra 609 passagens, ou seja, perderam poder aquisitivo, perderam salário, perderam inclusive condições de trabalho, porque a reclamação dos trabalhadores é que sequer têm um banheiro no terminais dos ônibus nos finais de linha. São enormes as reivindicações da categoria em relação às condições de trabalho, vide a última greve da Carris, que mostrou o sucateamento e a situação insustentável pela qual passa a melhor empresa pública de transporte. E isso tem a ver com um direito fundamental da população que é o direito de ir e vir e também com a construção de uma Cidade mais sustentável, tem a ver com uma lógica de estimular o uso do transporte individual. E essa lógica tem engarrafado a Cidade. Não é à toa que o transporte coletivo está nesta situação. O transporte hidroviário não sai do papel, o metrô em Porto Alegre aparece em época de eleição e, logo depois, são esquecidas as eternas promessas do metrô em nossa Cidade; há o Plano Diretor Cicloviário, cujos recursos previstos pela legislação a Prefeitura inclusive questionou. Na última ciclovia tem uma lixeira no meio dela. Nós precisamos mudar essa lógica, precisamos de uma Prefeitura comprometida com os interesses da ampla maioria do povo, e não com o de meia dúzia de empresários.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Ver.ª Fernanda. O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, demais público presente, quero agradecer aos Vereadores de situação, em especial ao nosso Líder, Ver. Clàudio Janta, que me cede este espaço de Liderança de Governo. Quero tratar de um tema exclusivo da minha região, da nossa região do Extremo-Sul, até porque há a comissão que está tratando do assunto casa de menores infratores – que, no popular, é o presídio –, que está para ser construída lá em Belém Novo, no terreno da antiga FEBEM. No ano de 2000, conseguimos frear esse processo, tendo o Sr. Breno Almeida à frente; quando o Deputado e hoje Prefeito Tarcisio Zimmermann tentou, saiu corrido de Belém Novo. O Deputado Federal Vieira da Cunha estava à frente daquele processo também, junto conosco. E vai continuar.

Uma saudação especial ao pessoal do Extremo-Sul, do bairro Belém Novo, que está aqui: o Ronaldo; a Eliane – foi nossa candidata em Belém. Fizeste uma brilhante votação, Eliane, não te preocupes com o número, vale a qualidade. Vai te preparando para a próxima, pois tens muita garra; saúdo o Vieira, nosso companheiro de sempre; o companheiro Ismael; o pessoal do gabinete do Comassetto, que hoje não está na Representativa, mas é um companheiro que está sempre lá nas lutas do Extremo-Sul, às vezes a favor, às vezes contra, mas sempre presente. Eu não posso, pelo meu jeito de ser, Ver. Delegado Cleiton, deixar de dizer que o Comassetto está presente em nossa comunidade sempre.

Mas o que eu queria pedir – já que temos um representante do PT, o Ver. Alberto Kopittke, que conheci no dia da eleição em Belém Novo, que já conhecia nossa região, não é Eliane, que está à frente dessa Comissão –, é para o Ver. Alberto Kopittke intermediar.

Ver. Delegado Cleiton, tenho certeza de que V. Exa. vai participar, o Ver. Alceu Brasinha já estava relatando do que se tratava. O que nós queremos, Ver.ª Fernanda Melchionna – e é o que V. Exa. sempre pede – é uma Audiência Pública na nossa comunidade para saber se a comunidade quer a casa de menores infratores, que, no popular, é o presídio.

Então, o que nós estamos pedindo é que o Ver. Alberto Kopittke, que representa o PT nesse momento, intermedeie uma audiência pública. Nós tivemos uma reunião forte, comandada pela colega Rosane, Conselheira do Planejamento da microrregião do Extremo-Sul, uma excelente reunião, e depois da reunião ainda tivemos uma excelente apresentação da Rosane nesta Casa. Foi no fim do ano, eu não estava naquele momento na Casa, mas agora conseguimos voltar, e a Casa vai ter o representante daquela região. Eu tenho dito e tenho falado que eu sou o representante da Cidade, mas eu me digo representante do Extremo-Sul. Se quiserem dizer que eu sou o representante de Belém Novo, podem dizer. Sou Vereador de Porto Alegre, mas moro lá naquela comunidade desde que nasci, da qual não pretendo sair, então eu vou ser um representante daquela comunidade, sim. Hoje, esse fato, Ver.ª Fernanda Melchionna, está acontecendo quase na esquina da minha casa. Não é por causa disso, mas eu sou obrigado a falar porque eu sou um dos representantes legítimos para isso. Mas eu já tenho falado há bastante tempo que um Vereador não faz nada. Como eu falei para o Ver. Paulinho, quando esteve me visitando, um Vereador não faz nada se não tiver os companheiros, nem que seja meia dúzia, para ajudar em uma comissão, para fazer uma visita, como o Ver. Dr. Thiago tem feito nas visitas aos hospitais, aos postos de saúde. Se ele for sozinho, é uma coisa; se ele for com quatro, cinco Vereadores, o peso é enorme. Então, o que nós queremos, Ver. Alberto Kopittke, é apenas isso, que não se mexa mais lá na casa de menores infratores até que saia uma audiência pública no nosso bairro, na nossa comunidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Ver.ª Fernanda Melchionna, essa questão do transporte é uma coisa que preocupa muito todos os trabalhadores de Porto Alegre e foi uma coisa que me incentivou a ser candidato a Vereador de Porto Alegre, já que as nossas linhas de transporte de Porto Alegre... Durante a minha campanha, às portas de fábricas, nas visitas às lojas, aos canteiros de obras, os trabalhadores as chamavam de puxa-puxa. Eu moro no Morro Santana, perto do Sesc, e o lotação do Sesc terminava no final dos blocos do Sesc. Hoje esse lotação vai até o terminal do Triângulo. O fim da linha do ônibus Sesc era no terminal do Sesc; hoje, ele termina depois da Av. Alberto Pasqualini. O fim da linha do ônibus Passo das Pedras terminava no Passo das Pedras; hoje, termina na Fapa. Eu nasci no Morro da Cruz, e a linha de ônibus do São José terminava no final da linha do São José; hoje, ela termina na Nove de Julho. As nossas linhas de ônibus de Porto Alegre viraram um puxa-puxa, porque, antigamente, os pais davam muito puxa-puxa para as crianças chuparem para enganar a fome. A gente ficava o dia inteiro chupando aquilo e aquilo não terminava nunca. E as linhas de ônibus hoje em Porto Alegre são isso. Não há linhas novas, os trabalhadores, hoje, levam uma hora e meia, duas horas para chegar ao seu local de trabalho.

Nós estamos com um pedido para criar o T11 na Restinga, já protocolamos um pedido de audiência com a ATP, com a EPTC, com a Prefeitura. Por que não tem uma linha de ônibus, um T11 na Restinga, ajudando uma parcela imensa da população?

Enquanto Presidente da Força Sindical, o que continuo sendo, nesta Casa, nesta Tribuna, pedi para ser criada uma Comissão Especial para discutir a questão do transporte de Porto Alegre. No primeiro ato nessa Comissão, já contei com a assinatura do Líder do meu Partido; do Líder do PTB; dos Líderes do PCdoB – o João Derly e a Jussara Cony; do Cassio Trogildo; do Elizandro Sabino; de vários Vereadores para criar essa Comissão Especial para discutirmos a questão do transporte.

Não pode o Ministério Público estar legislando no nosso lugar; não pode o Ministério Público decidir a questão do transporte no lugar dos Vereadores de Porto Alegre, assim como está decidindo a questão dos taxistas. Nós somos eleitos pelo povo, nós temos a sabedoria que nos foi delegada pelo povo de Porto Alegre para discutir as questões de Porto Alegre. Eu acho que cabe a esta Câmara de Vereadores discutir isso. A senhora falou muito bem: a questão do transporte em Porto Alegre tem que ser social. As linhas podem ser esticadas, podem atender a dois ou três bairros depois das 9h; no horário em que as pessoas precisam trabalhar, os bairros têm que ter transporte específico para levar essas pessoas. É preciso preencher a demanda e a necessidade delas. E pego o exemplo do bairro Ipanema: as pessoas do bairro Hípica pediram muito um lotação. Simplesmente tiraram o lotação do bairro Ipanema e levaram para o bairro Hípica. E nós cruzamos os braços.

Então, eu acho que é importante o que a senhora levanta. E não é uma questão de ser situação ou oposição; é uma questão de governabilidade, de interesse do povo, de cidadania, de dignidade. Nós estaremos aqui discutindo isso, sem rancor, sem ódio, mas defendendo os interesses do povo. O povo de Porto Alegre precisa de dignidade no transporte, e nós estaremos aqui discutindo dignidade no transporte de Porto Alegre. Que Deus nos dê força e fé para seguir discutindo as coisas da nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Sr. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Bom-dia Sr. Presidente e estimados colegas. Venho a esta tribuna, em nome do nosso Partido, para estabelecer exatamente o diálogo aqui com o Ver. Mario Fraga, que trouxe esse importante tema, que não é um tema que diga respeito apenas ao meu Partido, é um tema que diz respeito ao nosso Governo do Estado, e, mais do que isso, ao nosso Governo Federal, uma vez que a verba disponibilizada para esse projeto vem exatamente do Governo Dilma. E é um projeto que diz respeito a todos. Vamos procurar viabilizá-lo dentro da política nacional de segurança, para que a gente possa reduzir efetivamente a violência no nosso Estado e na nossa Cidade. Porque também não adianta... E aí eu ainda não estou tratando aqui do local onde vai ser construído. Mas eu sou aqui um defensor – e quero trazer o argumento da coerência pessoal da minha trajetória – de unidades prisionais, unidades de tratamento de jovens e adolescentes. Fiz isso quando fui Secretário de Canoas. Eu e o Prefeito Jairo fomos ao Governador – na época era a Yeda – e colocamos a cidade à disposição para que recebesse, sim, uma unidade prisional. Porque a cidade que quer efetivamente vencer a violência é uma cidade que coloca a mão na massa em todas as etapas da prevenção à violência. Houve um Prefeito, aqui da Região Metropolitana – uma cidade que mais tem presos oriundos de outras cidades no Presídio Central –, que dizia “eu não quero aqui presídio”, mas acho que temos que superar essa fase, nos darmos as mãos, para que a gente busque, efetivamente, uma solução para o problema da violência. Eu sei que esse é um tema que interessa a todos nós, Delegado Cleiton.

Em relação ao tema específico da construção de uma unidade da FASE, vou tomar a liberdade de, em nome do companheiro Vieira – que tem uma história de luta na região, luta pela Saúde pública –, saudar todas as lideranças. Eu conversei com o Ver. Comassetto, que está legitimamente tirando seu período de férias. Ele pediu que eu colocasse aqui a sua disposição para nós irmos juntos ao Secretário Fabiano Pereira. Ontem, conversei com a Secretária Adjunta, Maria Celeste, para que, efetivamente, a gente apresente o projeto para a comunidade, para que a gente possa conhecer e dialogar sobre as contrapartidas que a Secretaria está apresentando. E, para isso, nós todos precisamos construir um ambiente de diálogo. Não adianta fazer inserção das massas e aí, depois, reclamar que não há diálogo. Então, eu peço que a gente crie esse ambiente para as Lideranças que estão aqui. Eu me coloco à disposição para a gente dialogar para que a comunidade possa apresentar todas as suas observações. Eu trago aqui este depoimento: eu moro a menos de um quilometro do Presídio Central. O que se trata aqui é de se dar um passo a diante para que, efetivamente, a gente saia do modelo da FEBEM, modelo esse que todos nós sabemos dos problemas que tem; denunciamos aqui e já nos chocamos inúmeras vezes sobre os problemas que a antiga FEBEM tinha. Agora todos nós temos que nos unir para buscar a construção dessa nova FASE.

Então eu quero me colocar aqui à disposição para que nós possamos dialogar com as lideranças da região e com o Secretário Fabiano Pereira para dar continuidade a esse projeto do nosso Governo do Estado, Ver. Mario Fraga, e do nosso Governo Federal, da Presidenta Dilma, projeto esse que todos nós construímos juntos. Muito obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra em Comunicações.

O SR. PAULINHO MOTORISTA: Bom-dia a todos. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, comunidade de Belém Novo, que está presente aqui, comunidade que me colocou na Câmara, que me elegeu, eu queria dizer, como falou o Ver. Mario Fraga, que também é morador de Belém Novo, amigo meu de muito tempo, que a gente apoiasse essa ideia da Audiência Pública, com a participação do Secretário da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabiano Pereira, para que haja um diálogo e sejam colocados certos projetos, para a comunidade ficar por dentro e para que não aconteça nada sem que a comunidade saiba.

Quero dizer também que estou sempre ao lado da comunidade, da população, de pessoas que me colocaram aqui para trabalhar em prol deles, sempre ao lado deles.

Quero trazer a esta tribuna, hoje, o tema do transporte coletivo, sobre o qual a nossa Ver.ª Fernanda Melchionna falou. O rodoviário tem que ser valorizado, sim. Eu fui rodoviário durante 24 anos, antes de ser eleito por muitos deles e estar aqui hoje. Quero trazer a esta tribuna hoje o tema do transporte coletivo em nossa Cidade, tema sobre o qual tenho uma longa experiência própria, por ter vivido 24 anos como motorista, transportando a população em geral, em especial a da Zona Sul de Porto Alegre. Esse será um assunto prioritário do meu mandato, o que não poderia ser diferente, diante da minha trajetória de vida e como cidadão. Enquanto Vereador, digo que serei vigilante, fiscalizador, estarei atento permanentemente às questões referentes à melhoria da qualidade e do acesso ao transporte público, bem como às possibilidades que temos para melhorar o trânsito da nossa Capital. Nesse sentido, dentro de algumas iniciativas de que tive conhecimento, gostaria de cumprimentar a nossa EPTC, que já marcou data, para o dia 1º de maio, da aceitação do cartão Tri, que permite a compra de passagem antecipada nos lotações. Até porque isso evitará assaltos, pois ninguém respeita mais os lotações: passageiros assaltados com pertences levados.

Esperamos que, a partir dessa medida, possamos avançar ainda mais com o aceite do vale-transporte nos lotações, além das integrações dos ônibus, Trensurb e Catamarã, e também, como já acontece no caso dos ônibus, seja validada a segunda passagem gratuita. Que a implantação das lotações nos bairros Belém Novo e Restinga estejam concluídas o quanto antes possível.

É com muita alegria que venho tornar público que, nesta semana, protocolei o meu primeiro Projeto de Lei nesta Casa, que altera o sistema de transporte e circulação do Município, inserindo o ônibus coletivo expresso como uma nova classificação de serviços e transporte público de passageiros. Pela nossa proposta, essa modalidade estará prevista em bairros afastados em mais de 10 quilômetros da Cidade, operando exclusivamente em paradas do bairro de origem e do bairro de destino da linha. Essa iniciativa se justifica pela necessidade de forma mais rápida do transporte coletivo, especialmente para as regiões mais afastadas, como é o caso do Extremo-Sul, onde moro. Isso resultará em economia de tempo para os passageiros, na maioria dos casos, trabalhadores que já ficam longas horas fora de casa, gastando um tempo precioso do dia em deslocamento. Cada minuto economizado no trajeto significará mais presença junto de suas famílias. É uma característica comum da grande maioria dos passageiros dessa região tomar ônibus no seu bairro e permanecer até o final do trajeto, o que também acontece no retorno para casa.

No futuro essa iniciativa poderá funcionar associada ao sistema BRT, já em processo de implantação em nossa Cidade. Com ônibus mais rápidos com maior capacidade de carga de passageiros, diminuindo o número de paradas e arrancadas de ônibus em deslocamento, estaremos desafogando e diminuindo a lentidão do nosso trânsito.

Encerro reafirmando minha disposição de atuar com dedicação nessa forma de transporte coletivo, solicitando a compreensão dos colegas Vereadores ao Projeto de Lei apresentado para que este seja analisado, debatido e apreciado nesta Casa com atenção. Um abraço a toda a comunidade de Belém que está aqui, meus amigos... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.) Estaremos juntos lutando sempre pela comunidade, pelo nosso Extremo-Sul, junto com o nosso Presidente, Ver. Dr. Thiago, que atua na Zona Sul, Delegado Cleiton, Mario Fraga, meu companheiro. Estamos aqui para trabalhar, sem eu puxar para o meu Partido ou outro puxar para o seu, porque a corda arrebenta, e quem perde com isso é a comunidade que precisa de nós. Então temos que nos unir e tentar resolver o problema de todos. Um grande abraço e obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente, caros colegas, retorno à tribuna para trazer ao conhecimento de todos que nos assistem a iniciativa que estamos apresentando de um primeiro Projeto de Lei que eu coloquei em consulta nas redes sociais. Esta será uma prática que vou procurar manter: cada iniciativa legar ser apresentada para consulta junto aos apoiadores, junto à sociedade em geral, para depois protocolar aqui na Casa, já com essa discussão social feita.

O Projeto que estou apresentando trata da questão da violência nos estádios de futebol, um problema de todos nós e que atinge o Brasil e vários países do mundo nas últimas décadas. Eu trago uma sugestão. Estive na inauguração da nossa grande Arena, Ver. Brasinha. Emocionei-me com aquele espetáculo, mas, infelizmente, tivemos um episódio de briga, o que nos mostrou que não é a troca do espaço físico que deixa no passado esses problemas. Da mesma forma, o Beira-Rio também está em reformas com um investimento de grande monta.

Na linha que venho trabalhando, procurando as novas tecnologias, as experiências mais modernas que nós podemos usar, trago a proposta de que se torne obrigatório o uso da identificação biométrica para o ingresso nos estádios de futebol. Uma solução que já vem sendo usada nos grandes estádios do mundo, o Santiago Bernabéu, o San Siro e tantos outros como os da África do Sul, da última Copa do Mundo, os estádios da Eurocopa, uma solução bastante simples e que me parece que finalmente vai nos permitir dar aplicabilidade ao Estatuto do Torcedor, uma Lei de 2003, que trouxe um novo patamar e previu a pena para que aqueles torcedores que causarem ou provocarem brigas, no entorno do estádio ou dentro dele, sejam proibidos de entrar no estádio. Essa lei não teve ainda a sua efetividade exatamente porque nós não conseguimos controlar o ingresso do torcedor. E aí, não raras vezes, acaba recaindo a culpa de uma atitude individual sobre toda uma torcida organizada. Então, o que eu busco, aqui, é valorizar esses dois grandes estádios que a nossa Cidade está ganhando, para que Porto Alegre se torne uma referência e que deixemos no passado esse problema da violência nos estádios, que é mais uma manifestação da violência que a nossa sociedade vive. Trago aqui essa colaboração para a nossa Cidade e estou apresentando isso aos dois clubes; peço a sua ajuda inclusive para levar ao nosso Presidente Koff, ao Presidente do Inter, às duas empresas que administram os estádios, essa proposta que, com certeza, será um investimento em benefício do espetáculo, das famílias, para que possam ir, cada vez mais, aos estádios e aos nossos clubes da Cidade. Coloco à disposição esse texto, até terça-feira, na minha página no Facebook, para colher observações. O diálogo tem sido muito bom. Eu já recebi mais de 120 comentários. Peço a ajuda dos colegas para que possamos dar prosseguimento a esse debate, e, depois, formalmente, aqui na Casa, se possível ainda este ano, Presidente Ver. Dr. Thiago, analisarmos esse projeto para que, no ano da Copa do Mundo, os nossos estádios já estejam dotados dessa tecnologia e tenhamos dado esse grande passo para vencer a violência. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr.Thiago): Solicito ao Ver. Delegado Cleiton que assuma a presidência dos trabalhos para que eu possa fazer o meu pronunciamento.

 

(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. THIAGO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, obrigado a todos os colegas desta Legislatura. É uma satisfação, Ver.ª Fernanda Melchionna, ver esta renovação e principalmente esta renovação de ideias positivas que temos observado ao longo dos primeiros dias desta Legislatura. Ver. Delegado Cleiton, Ver.ª Lourdes Sprenger, Ver. Clàudio Janta, Ver. Alberto Kopittke, meu grande colega de Artes Marciais, Ver. João Derly, é uma satisfação e uma honra participar desta Legislatura com vocês.

Venho fazer um breve relato das atividades que temos desenvolvido, duas basicamente. Quero fazer um convite a todos os Vereadores. Estiveram conosco a Ver.ª Lourdes Sprenger, o Ver. Delegado Cleiton, o Ver. Paulinho Motorista, no Hospital Beneficência Portuguesa, fazendo um checklist nas Urgências e Emergências da Cidade. Estivemos no Hospital Beneficência Portuguesa e no Hospital Vila Nova na semana passada. Pudemos observar algumas situações que nos dão muita esperança para o futuro, no que se refere à questão de possíveis obras de ampliação de leitos hospitalares. Temos, no Centro da Cidade, na Avenida Independência, o Hospital Beneficência Portuguesa, que tem a possibilidade de aumentar em mais de 300 leitos nos cinco andares. A estrutura está pronta, o que precisa é o acabamento e o material. No Hospital Vila Nova, temos a possibilidade de efetivamente poder construir dois pavimentos em cima do prédio que já está assentado, prédio que foi construído com recursos vinculados à Secretaria de Segurança do Estado, o prédio da Susepe. Temos possibilidade, também, de ampliar mais 200 leitos clínicos e 20 leitos de UTI, leitos que podem dar retaguarda, Ver. Clàudio Janta, aos pacientes neurológicos crônicos, como, por exemplo, os pacientes do HPS, que estão “depositados” no HPS há mais de um ano e que precisam ser mais bem tratados. Serão mais bem tratados em um hospital com atendimento em várias áreas.

São essas sugestões e essa participação dos Vereadores, como disse aqui o Ver. Mario Fraga, que fazem essas ações avançarem e serem ações importantes. Por isso, reforço mais uma vez o convite que, na segunda-feira, às 9h, um conjunto de Vereadores estará na UPA da Restinga e no Hospital da Restinga, um hospital que provavelmente deva ser inaugurado durante este ano; na terça-feira, visitaremos o São Lucas; na próxima segunda-feira, visitaremos a Santa Casa, e assim por diante, fazendo esse checklist nas Urgências e Emergências da Cidade. Esse é um convite que a gente faz. Temos aberto isso à imprensa e à sociedade civil para que também possam participar.

Agradeço as presenças da Ver.ª Fernanda, da Ver.ª Sofia, do Ver. Paulinho Motorista, do Ver. Guilherme Socias Villela, a representação do Ver. João Derly e convido o conjunto dos colegas para que participem desse Mutirão pela Cidadania. Nós observamos uma extensa agenda reprimida e que efetivamente precisa ser contemplada.

Objetivamente, as comunidades trazem o seu problema. Nós, sem fazer inicialmente juízo de valor, encaminhamos Pedidos de Providências, Pedidos de Informações aos órgãos competentes ou então, encaminhamos para as Comissões. O grande objetivo desse Mutirão pela Cidadania é captar essa demanda reprimida, captar esses problemas que acabam chegando à Câmara, visto que para os quais não há inicialmente um fórum, porque as pessoas acabam acorrendo à Câmara de Vereadores, mas têm dificuldade de encaminhar os seus pleitos. Esses pleitos são acolhidos e são encaminhados para as Comissões competentes. Então, ao contrário do que eventualmente possa ter sido mencionado por algum Vereador, o objetivo desse Mutirão pela Cidadania é fortalecer as Comissões, é valorizar as Comissões e o trabalho de cada Vereador desta Casa. Esse efetivamente e de coração é o nosso espírito.

São esses os dois convites que queria deixar, assim como fazer esse breve relato sobre as ações que têm sido desenvolvidas. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Ver. Dr. Thiago, é importante dizer que a Prefeitura Municipal vem cumprindo com o repasse de verbas para essas instituições, inclusive para a Beneficência Portuguesa, que tem a tradição de 158 anos na área da Saúde.

 

(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, Delegado Cleiton. Estão encerrados os trabalhos da presente Reunião.

 

(Encerra-se a Reunião às 10h54min.)

 

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